O
petróleo com os dias contados!
Ou seremos nós?
Na cidade de Vitória/ES, em frente à pomposa sede
da Petrobrás, pode-se registrar uma significativa manifestação popular contra
a produção e o consumo desenfreado de petróleo e gás.
Estudantes, jornalistas, professores,
representantes de organizações sociais e artistas realizaram ato contra a
indústria do petróleo que é acusada de provocar a devastação do meio ambiente e
a afetação de comunidades e milhões de pessoas com sua atividade exploratória.
O grupo, organizado pela FASE/ES, pede a cessação
imediata da perfuração da camada do pré-sal dizendo “nenhum poço a mais” e
questiona: “para quem é produzida toda
essa energia?”.
Após o manifesto com faixas, panfletos e muita
batucada, o grupo tomou suas bicicletas e iniciou o 2º Pedal contra o pré-sal, que partiu de Vitória e tem ponto de
chegada na cidade de Conceição da Barra, onde serão recebidos pelos membros da
escola de formação política e ambiental quilombola.
De acordo com Daniela Meireles, técnica da
FASE/ES, o objetivo do pedal é mapear as regiões no litoral norte capixaba que
recebem os reflexos da exploração petrolífera, além de conscientizar e agregar
outras pessoas aos objetivos do grupo.
“Vamos mapear os impactos do petróleo nas
regiões afetadas, identificando e acolhendo as pessoas afetadas, e denunciar as
compensações irrisórias que distribuem para calá-las”, diz Daniela.
De acordo com a técnica, uma das maiores
motivações para a realização do movimento é o aquecimento global que, segundo
ela, tem como principal responsável a queima de combustíveis fósseis. “O Brasil
está na contra mão do mundo. Nosso movimento contra a exploração do petróleo
está sendo realizado em todos os países da América Latina. É um debate que deve
ser feito agora porque nossa vida está por um triz”, alerta, dizendo que um dos
slogans do grupo é “nenhum poço a
mais”.
Pedaladas pela vida
O grupo de voluntários que iniciou a pedalada
em Vitória na manhã do dia 25/02, por volta das 11h, rumo à cidade de Conceição
da Barra, vai pedalar cerca de 400 km até a chegada.
Sua primeira parada para descanso e diagnóstico está prevista para acontecer nesse mesmo dia, na cidade de Aracruz, precisamente na praia de Coqueiral de Aracruz. O grupo planeja descansar à beira de praias, nas comunidades ribeirinhas, sempre em contato direto com as comunidades.
Sua primeira parada para descanso e diagnóstico está prevista para acontecer nesse mesmo dia, na cidade de Aracruz, precisamente na praia de Coqueiral de Aracruz. O grupo planeja descansar à beira de praias, nas comunidades ribeirinhas, sempre em contato direto com as comunidades.
Em seu trajeto, pretendem identificar as
comunidades afetadas pelos grandes projetos de desenvolvimento e ampliar a
mobilização que já foi iniciada desde o 1º Pedal contra o pré-sal, realizado em
janeiro de 2012.
“Vamos ampliar essa rede de aliança e
resistência a partir do diagnóstico dos impactos sócioambientais e
conscientizar as comunidades afetadas”, afirma Paulo Henrique, técnico da
FASE/ES.
Nesse mesmo dia o grupo realizará contatos com
o SINTICEL - Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel, Celulose e
Químicas do ES, com o SUPORT – Sindicato dos Trabalhadores
Portuários do Espírito Santo e com a Associação dos Pescadores de Barra
do Riacho para fortalecer essa aliança.